quinta-feira, 29 de julho de 2010

Ajé Salugá, a deusa da riqueza - Yiami Ako

Ajé Salugá, a deusa da riqueza

Ajeshaluga é mais conhecida como Kowo, uma concha utilizada em seu culto.

É a deusa da riqueza, é cultuada no mercado e é a padroeira de todas as transações comerciais.

Em alguns mitos é descrita como sendo a filha de Olokún

Esta é uma divindade importante,Para o Povo Yorubá, Ajè Saluga simboliza o poder de Ganhar e Obter dinheiro. E principalmente o direito de viver uma vida com menos dificuldades e prosperidade extensivas a toda a familia. tal como enfatiza o provérbio Lukumi: kó ajé, kó orisha â sem dinheiro não pode haver orisha.

cultuada por Babalorixás e Babalawos tanto na África quanto nas Américas.

É invocado frequentemente quando esses líderes espirituais se defrontam com uma situação precária de vida do filho ou cliente que os procuram, aconselhando-os através do jogo a fazerem um altar para esse oricha. Para assentar Ajè Saluga (fazer o seu altar) é necessário ter os seus quatro fundamentos assentados, para que se possa atingir os intentos.


Quando a imensidão das águas foi criada, Olokun dividiu os mares com suas filhas e cada uma reinou numa diferente região do oceano. Ajê Xalugá ganhou o poder sobre as marés. Eram nove as filhas de Olokun e por isso se diz que são nove as Iyemojas. Dizem que Iyemoja é a mais velha Olokun e que Ajê Xalugá é a Olokun caçula, mas de fato ambas são irmãs apenas. Olokun deu às suas filhas os mares e também todo o segredo que há neles. Mas nenhuma delas conhece os segredos todos, que são os segredos de Olokun. Ajê Xalugá era, porém, menina muito curiosa e sempre ia bisbilhotar em todos os mares. Quando Olokun saía para o mundo, Ajê Xalugá fazia subir a maré e ia atrás cavalgando sobre as ondas. Ia disfarçada sobre as ondas, na forma de espuma borbulhante. Tão intenso e atrativo era tal brilho que às vezes cegava as pessoas que olhavam. Um dia Olokun disse à sua filha caçula:
“O que dás para os outros tu também terás, serás vista pelos outros como te mostrares.
Este será o teu segredo, mas sabe que qualquer segredo é sempre perigoso”.
Na próxima vez que Ajê Xalugá saiu nas ondas, acompanhando, disfarçada, as andanças de Olokun, seu brilho era ainda bem maior, porque maior era seu orgulho, agora detentora do segredo.
Muitos homens e mulheres olhavam admirados o brilho intenso das ondas do mar e cada um com o brilho ficou cego.
Sim, o seu poder cegava os homens e as mulheres.
Mas quando Ajê Xalugá também perdeu a visão, ela entendeu o sentido do segredo.
Iyemoja está sempre com ela, Quando sai para passear nas ondas.
Ela é a irmã mais nova de Iyemoja.


Doutora Yiami Ako - Antropologa - teologa e terapeuta

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